sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Não é simples definir como vai ficar uma sala...

Não é uma sala muito grande não: tem cerca de 28 m². No entanto, ela tem a forma quadrangular, o que dificulta um pouco um projeto de decoração. A dificuldade é maior quando uma das paredes tem janelas de ponta a ponta, com vidro até o chão. A dificuldade é maior ainda quando a parede de frente para as janelas tem uma estante embutida. Assim, nestas duas paredes teoricamente não se pode encostar móveis.
Na primeira conversa com a arquiteta responsável pelo projeto foram passadas as necessidades básicas: a sala deveria ter um bom espaço para ver TV, uma mesa de jantar com pelo menos quatro cadeiras, um aparador e uma mesa de centro. A estante embutida não só deveria ser preservada como deveria ser também modernizada. E ela deveria ficar em harmonia com os móveis novos.
Na primeira tentativa a arquiteta apresentou três projetos: em dois deles haveria uma parede nova na sala, de frente para as janelas, criada para se colocar a TV. Foram rejeitados pois, além da luminosidade atrapalhar a tela da TV, os vizinhos poderiam ver cinema de graça, caso as cortinas não fossem fechadas. O terceiro projeto foi descartado porque a TV ficava na parede perto da porta de entrada, decisão que seria revista posteriormente. Disse então que gostaria da TV na parede onde há uma porta que dá para o corredor. O quarto projeto contemplava esta necessidade, mas colocava a mesa com um tamanho menor e a mesma ficava longe da cozinha. Para se guanhar mais espaço foi pensou-se em "cavar" a parede que dá para a suite, colocando-se o rack da TV embutido na mesma. Fiquei de pensar na possibilidade.
Depois de conversar com algumas pessoas e considerando a importância de se ter a mesa de jantar bem próxima a cozinha, cheguei a conclusão que a TV deveria ficar na parede próxima a entrada da sala, solução já pensada no terceiro projeto. Pensei também que junto a porta de entrada deveria haver algo, tipo um biombobem caprichado em gesso ou madeira, que evitasse que uma visita ao entrar na sala "mergulhasse" direto na sala de estar. Ao telefonar para a arquiteta informando que tinha revisto decisões anteriores, ficarmos de conversar no sábado de carnaval. Neste dia, foram então apresentados os projetos 5 e 6, sendo que este último continha dois móveis a mais na sala, um de cada lado da mesa de jantar. Finalmente o projeto 5 foi aprovado! Nunca imaginei que um projeto de uma simples sala teria 6 alternativas até se chegar a solução final.
A próxima etapa é a especificação das vistas, o que certamente envolverá muitas decisões e emoções...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Matemática na sala

Sem dúvida alguma, a decoração de uma sala é um trabalho fascinante e para sua realização pode-se contar com criatividade, bons profissionais e ideias de exposições e revistas especializadas. O que complica é quando se deseja colocar elementos que tem certas dimensões num determinado espaço. Aí a coisa pode ficar complexa Caso a ideia seja colocar um sofá de 3 lugares e outro de 2, uma mesa para 6 pessoas, uma de centro, um aparador e uma TV com um rack numa sala de 28 m² e ainda assim ter muita área livre, tem-se que pegar a trena. É hora de fazer planta em escala, brincar com figurinhas de elementos num papel e ficar horas numa espécie de quebra-cabeça. Quando o morador deste apartamento tem hábitos curiosos tais como ler jornal na sala vendo TV ao mesmo tempo a coisa fica mais complicada ainda. E êle afirma categoricamente que não quer largar um hábito como este sob hipótese alguma!
Então alguém diz ao morador: você deve abrir mão de alguma coisa, ninguém pode ter tudo, etc...Se colocar uma mesa de 4 lugares tudo se resolve, se não colocar um sofá de 3 lugares diante da TV tudo dá certo...Mas o morador é intransigente! E parece que há um impasse: a arquiteta não abre mão de cálculos matemáticos, distâncias padrões e áreas para circulação e o morador não desiste de seus sonhos e de seus hábitos. O morador após ligar para um vizinho, que diz ter uma mesa para 6 pessoas e um sofá de 6 e outro de 3 numa sala igual, fala para a arquiteta: tá vendo?
Quando tudo parecia perdido, a arquiteta propõe: cavamos a parede, colocamos o rack embutido, economizando pelo menos 30cm da área útil da sala, o que possibilita ter todos os elementos na posição desejada. O morador aprova a ideia e pensa: ainda bem que não desistiu dos seus donhos e dos meus hábitos...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Uma simples sala

Se alguém me falasse que colocar uma mesa com cadeiras, dois sofás, uma TV e um aparador numa sala fosse um projeto complexo eu não acreditaria. Mas como vivo esta situação, chego a conclusão que é realmente difícil dispor estes móveis numa sala de forma quadrangular. Na verdade esta dificuldade deve-se ao fato de haver uma parede inteira com janelas com vidro quase até o chão e outra com uma estante embutida tomando quase toda a extensão. Tais paredes impedem que móveis sejam nelas encostados.
Fico então a pensar: bons tempos aqueles, em 1900 e antigamente quando colocávamos móveis de qualquer maneira num ambiente e ficávamos felizes da vida. Num canto da sala uma boa TV de válvulas apoiada numa mesa com pés palitos, numa parede uma grande vitrola com LPs, dois sofás grandes e duas poltronas. A mesa de jantar com 6 cadeiras ficava em outra sala, pois naquele tempo espaço sobrava. Ninguém morava em apertamentos.
Mas enfim, hoje a gente quer mais: quer ter um ambiente com conforto mas também com harmonia e estilo. E isso acontece em qualquer bairro da cidade, seja na zona sul ou no subúrbio.
Ai fico me perguntando: será que a gente era mais feliz antigamente, quando não havia tanto recurso de decoração nem tantos tipos de TV ? Pelo sim pelo não, mantenho ainda a minha vitrola com meus LPs...

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Primeiras obras

Ontem uma pessoa me falou que adora obras em geral. Disse que, durante um tempo, ela se envolve com problemas variados mas que, nesse período, ela vê uma transformação ocorrendo no local onde a obra está sendo realizada. Finalmente, concluiu que geralmente o resultado final é sempre bom e que fica bastante satisfeita. Concordo em parte com isso.
Até o momento, encarei apenas duas obras. A primeira foi bastante simples: a troca do piso da cozinha e da área de serviço. Era uma obra inevitável, já que o piso estava num estado deplorável. Como não era um trabalho complicado, contratei apenas um pedreiro com um assistente e em pouco tempo o trabalho ficou pronto. Lembro que a grande dificuldade na época era decidir que a cerâmica comprar, mas isso foi resolvido em pouco tempo. Lembro também que tive que comprar peças adicionais tais como ralos e soleiras de mármore, por orientação do pedreiro. Foi quando constatei que fazer obras implica em interagir bastante com as pessoas que as executam. O pedreiro contratado era competente, mas adorava uma conversa que era, quase sempre, bastante cansativa...
A segunda obra aconteceu um tempo depois. Era mais complexa: envolvia destruir dois banheiros sociais e construir dois novos. Contratei outro pedreiro que chegou também com um assistente. Lembro que ele cobrou caro pela mão-de-obra mas, como êle tinha feito o mesmo trabalho no apartamento de uma vizinha achei que valia a pena contratá-lo. Solicitei que meus banheiros tivessem a mesma estrutura que os da vizinha. Tive alguns problemas, alguns engraçados, que relatarei em outra postagem.
Agora deverei encarar um obra mais complexa ainda: Reforma geral de sala, cozinha, área de serviço, banheiro de empregada e a realização de ajustes no resto do apartamento. Desta vez, como envolve um projeto mais detalhado, contratei, antes de começar a obra, uma arquiteta. Espero que tudo corra bem.